quarta-feira, 30 de março de 2016

Com a ajuda de MÁRIO DIONÍSIO

 Convite
 
Ora aqui têm, car@s Vizinh@s, o começo da conversa. Ou seja, um pequeno contributo para o texto que poderemos  escrever, depois da leitura de dois contos de Mário Dionísio. 
Continuem o que aqui vai, ou partam de qualquer outro ponto de vista.

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Reservada, como  noutro tempo.

Antes de ele subir, já o tinha topado. Envelheceu, claro que sim, tal como eu, mas reconheci-o logo, na paragem.  Mesmo com aquele cabelo grisalho e a barba de dias.
 
Na confusão do corredor à pinha,   confirmei a voz, era ele! Queria  ir sentar-se lá a frente. Lugar! Qual lugar? Ali, como se estivesse à espera dele. Sortudo!

Sentou-se no banco-dos-palermas, ao lado de uma gaja gorda.
 Até parecia que os outros passageiros tinham ficado ofendidos, por  se ter ido ali enterrar, entre a gorda e a porta. Guardado estava...
Quando ele  encarou  a gente,  ainda lhe sorri. Nem  deu por mim. Acenar-lhe?
"Menino Fernando ... - que disparate! - , senhor Fernando, lembra-se ? Lembra-se da  filha do guarda do hospital"
Que disparate. Ganha juízo, Angelina. 

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